O uso de estratégias de coping de pacientes adultos submetidos ao transplante de células tronco hematopoéticas
DOI:
https://doi.org/10.25214/25907816.169Resumen
Este estudo teve como objetivo identificar as estratégias de coping e as situações estressantes de pacientes adultos submetidos ao transplante de células tronco hematopoéticas. Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória de abordagem quantitativa, realizada no Serviço de Transplante de Medula Óssea de um hospital universitário da região sul do Brasil, no período de maio a novembro de 2016. A amostra foi composta por 18 participantes, com idades entre 20 e 55 anos, sendo 66,4% do sexo masculino e 33,6% do sexo feminino. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário sociodemográfico e do Inventário de Estratégias de Coping de Folkman e Lazarus, este aplicado nos períodos pré e pós transplante. Verificou-se que o suporte social, a resolução de problemas e a reavaliação positiva foram os fatores de coping mais utilizados pelos participantes, sendo nomeada a hospitalização prolongada, os efeitos adversos do tratamento e a mucosite como situações estressoras. Conclui-se que o conhecimento das situações estressoras e das estratégias de coping utilizadas pelos pacientes são importantes para que o terapeuta ocupacional contribua para o planejamento e implementação de ações interdisciplinares que promovam melhora da qualidade de vida e bem-estar durante o processo de transplante.
Descargas
Referencias bibliográficas
Antoniazzi, A. S., Dell’Aglio, D. D., & Bandeira, D. R. (1998). O conceito de coping: uma revisão teórica. Estudos de Psicologia, 3(2), 273-294. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X1998000200006
Barros, D. O. & Lopes, R. L. M. (2007). Mulheres com câncer invasivo do colo uterino: suporte familiar como auxílio. Revista Brasileira de Enfermagem 60(3), 295-298. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672007000300009
Barrozo, B. M., Ricz, H. M. A. & De Carlo, M. M. R. P. (2014). Os papéis ocupacionais de pessoas com câncer de cabeça e pescoço. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 25(3), 255-263. doi: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v25i3p255-263
Bigatão, M. R., Mastropietro, A. P. & De Carlo, M. M. R. P. (2009) Terapia Ocupacional em oncologia: a experiência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. In: M. B. Othero (Org.), Terapia Ocupacional: práticas em oncologia. São Paulo, SP: Editora Roca.
Botega, N.J. (2006). Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência (2a. ed.). Porto Alegre, RS. Curitiba, PR: ArtMed.
Campos, E. M. P., Bach, C. & Alvares, M. (2003). Estados emocionais do paciente candidato a transplante de medula óssea. Psicologia: teoria e prática, 5(2), 23-36. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-6872003000200003&lng=pt&tlng=pt
Dias, V. N., Mastropietro, A. P., Cardoso, E. A. O. & De Carlo, M. M. R. P. (2012). Transplante de células-tronco hematopoéticas – um estudo controlado sobre papéis ocupacionais. Cadernos de Terapia Ocupacional da Universidade de São Carlos, 20(2), 165-171. doi: http://dx.doi.org/10.4322/cto.2012.016
Ferreira, P., Gamba, M. A., Saconato, H. & Gutiérrez, M. G. R. (2011). Tratamento da mucosite em pacientes submetidos a transplante de medula óssea: uma revisão sistemática. Acta Paulista de Enfermagem, 24(4), 563-570. doi: https://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002011000400018
Garnica, M., Machado, C., Cappellano, P., Carvalho, V. V. H., Nicolato, A., Cunha, C. A. & Nucci, M. (2010). Recomendações no manejo das complicações infecciosas no transplante de células-tronco hematopoéticas. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, 32(Suppl.1), 140-162. doi: https://dx.doi.org/10.1590/S1516-84842010005000026
Giuliano, R. C., Silva, L. M. S. & Orozimbo, N. M. (2009). Reflexões sobre o “brincar” no trabalho terapêutico com pacientes oncológicos adultos. Psicologia: ciência e profissão, 29(4), 868-879. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1414-98932009000400016
Guimarães, W. (2010). Terapia Ocupacional em Onco-hematologia – Relato de Experiência no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. In M. B. Othero (Org.), Terapia Ocupacional: práticas em oncologia (pp. 323-363). São Paulo, SP: Roca.
Henderson, A. C. (1990). An introduction to social psychiatry. Oxford: Medical Publications.
Hoffbrand, A. V. (2008). Fundamentos em hematologia (5a. ed.). Porto Alegre, RS: Artmed.
Mastropietro, A. P., Santos, M. A. & Oliveira, E. A. (2006). Sobreviventes do transplante de medula óssea: construção do cotidiano. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 17(2), 64-71. Recuperado de https://www.revistas.usp.br/rto/article/view/13986
Okane, H. E. S. & Machado, L. N. (2009). Histórico. In Machado L. N., Camandoni, V. O., Leal, K. P. H. & Moscatello, E. L. M. (Orgs.). Transplante de medula óssea: abordagem multidisciplinar (pp. 23-29). São Paulo, SP: Lemar.
Ortega, E. T. T., Lima, D. H., Veran, M. P., Kojo, T. K. & Neves, M. I. (2004). Compêndio de enfermagem em transplante de células-tronco hematopoéticas: rotinas e procedimentos em cuidados essenciais e em complicações. Curitiba, PR: Editora Maio.
Rodrigues, A. B. & Chaves, E. C. (2008). Fatores estressantes e estratégias de coping dos enfermeiros atuantes em oncologia. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 16(1). doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692008000100004
Rodrigues, F. S. S. & Polidori, M. M. (2012). Enfrentamento e resiliência de pacientes em tratamento quimioterápico e seus familiares. Revista Brasileira de Cancerologia, 58(4), 619-627. Recuperado de http://www.inca.gov.br/rbc/n_58/v04/pdf/07-artigo-enfrentamento-resiliencia-pacientes-tratamento-quimioterapico-familiares.pdf
Saboya, R., Dulley, F. L., Ferreira, E. & Simões, B. (2010). Transplante de medula óssea com doador familiar parcialmente compatível. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, 32(Suppl. 1), 13-15. doi: https://dx.doi.org/10.1590/S1516-84842010005000026
Savóia, M. G., Santana, P. R. & Mejias, N. P. (1996). Adaptação do Inventário de Estratégias de Coping de Folkman e Lazarus para o português. Psicologia USP, 7(1/2), 183-201. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1678-51771996000100009
Takatori, M. (2001) A terapia ocupacional no processo de reabilitação: construção do cotidiano. Mundo da Saúde, 25(4), 371-383.
Tedesco, S., Ceccato, T. L., Noroi, A. N., & Citero, V. A. (2002). A terapia ocupacional para o doente clínico: ampliação do cuidado com a saúde mental. In M. A. De Marco (Org), A Face Humana da Medicina: do modelo biomédico ao modelo biopsicossocial, (pp.151-156). São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.
Zago, M. A., Falcão, R. P., & Pasquini, R. (Orgs.). (2004). Hematologia: fundamentos e prática (2a. ed.). São Paulo, SP: Atheneu.
Zavadil, E. T. C., Mantovani, M. F., & Cruz, E. D. A. (2012). Representação do enfermeiro sobre infecções em pacientes submetidos a transplante de células-tronco hematopoiéticas. Escola Anna Nery 16(3), 583-587. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452012000300022
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
